O Algarve é a região vitivinícola portuguesa que produz menos vinho, mas nos últimos anos têm surgido novos produtores e os que já existem têm aumentado a produção e vão continuar a fazê-lo. A qualidade tem também melhorado significativamente, como atestam os muitos prémios em concursos nacionais e mundiais. Apesar de os vinhos tintos representarem 60 a 70% da produção, a aposta é agora crescer nos brancos e rosés, para dar resposta ao turista que procura o local wine, já que cerca de 90% da produção é vendida na região.
Texto: Emília Freire, Fotogarfia: David Oitavem
MONTE DA CASTELEJA
O viticultor e enólogo Guillaume Leroux, filho de pai francês e mãe algarvia, herdou do avô materno esta quinta, perto de Lagos, onde recriou o conceito de “vinho do produtor” e hoje produz vinhos biológicos.
- O terroir é argilo-calcário e tem 4 ha de vinha.
- Castas: Alfrocheiro e Bastardo (tintas); Arinto e Perrum (brancas).
- Usa palha para manter a humidade nas vinhas e rega (gota a gota), normalmente duas vezes por mês (mais frequentemente no verão).
- Usa rede para proteger os cachos dos pássaros.
- Faz vindima manual e pisa a pé.
- Produção: 18 000 garrafas em 2014.
- Marcas: Monte da Casteleja – Clássico (Tinto, Branco e Rosé).
- Colaboradores: 3 pessoas, mas recebem todos os anos voluntários através de ‘WWOOFing’ (World Wide Opportunities on Organic Farms).
- Vende principalmente no Algarve, também para Pingo Doce e Intermarché, e para lojas de produtos biológicos e boutique shops em todo o País.
- Começou a exportar o Tinto para Nova Iorque.
- Enoturismo: Loja e sala de provas e tem alojamento (3 quartos e 1 suite com kitchenette).
ENOVITIS – Revista Técnica de Viticultura e Enologia • nº 41 • jul / ago / set 2015